sábado, 19 de novembro de 2005

A Chave É O Segredo

A vida da gente de repente passa de pacata a turbilhão. Na maioria das vezes nem se percebe de onde surgiu tudo isso.
"Há um segundo tudo estava em paz..."*
No meio de tanta confusão é normal se deixar levar, ficar stressado, imperar o mal humor e acabar descontando em pessoas que nada têm a ver com aquilo tudo mas estavam lá.
Depois do mal feito, principalmente quando o mal é realmente enorme, não adianta esperar meses, deixar a pueira baixar, chegar falando manso, pedir desculpas... O fato é que nem sempre se consegue desculpar. E quando isso acontece não significa que não se tinha carinho, amizade ou qualquer outro sentimento tão nobre quanto estes pelo outro, muito pelo contrário, se estava lá "naquela hora errada" é porque estava lá "em todas as horas" e é isso que distingue quem realmente caminha ao seu lado dos colegas de farra.
O que se acaba aprendendo é que é necessário ter a chave. É necessário não se deixar afetar por tudo, afinal o amor próprio é uma das principais exigências da tão almejada felicidade.
Não se pode "comprar uma vaguinha no céu" perdoando a tudo e a todos, porque nem sempre isso vai ser realmente bom ou até mesmo sincero. Não se diz: "Ok, tudo bem, esquece isso..." quando não se conseguirá esquecer. Pra quê? Pra ficar "bem na fita"? Pra sair por cima da situação? Se demostrar superior? Tudo isso é absolutamente dispensável entre amigos e entre amantes. É melhor que a vida siga, sem rancores ou amarguras, mas acima de tudo, sem hipocrisia. Não se perdoa da boca pra fora. Nem sempre é possível agir como se nada tivesse acontecido.
A chave é o segredo. É ela que impede que tudo à sua volta te atinja. E é você quem controla sua própria chave. Faça dos erros anteriores lições. Não coloque a culpa no outro por não ter sido perdoado, apenas aprenda a não deixar que tudo te influencie negativamente e evite repetir esse erro. Não expulse da sua vida pessoas que você ama e que amam você, porque nem sempre elas estarão dispostas a retornar quando você se der conta do quão importante elas são.

Você foi realmente muito importante pra mim, mas já não é mais. Não existe mágoa, mas também não tem volta... Preocupe-se com os que estão entorno de você. Dê a atenção que merecem. Não os culpe por erros de terceiros. Não tente mais me incluir na sua vida porque eu tentei, mas simplesmente não posso te incluir na minha. Seja feliz.


* Trecho da música "Cuide bem do seu amor" - Herbert Viana

domingo, 6 de novembro de 2005

Inutilidades Que Eu Adoro

O Best Place tem contado com algumas "pequenas" novidades.

+ O link para o blog do Rafael finalmente foi atualizado;
+ Tem um bloco com links de sites de animes. Na maioria, se não em todos, é possível baixar episódios e filmes dos mais diversos animes.
+ O relógio do blog foi acertado - horário de verão no Rio de Janeiro.
+ Foi inserido um novo contador: Atualmente ele está fazendo uma contagem regressiva para o ano 2006.
+ Por último, mas não menos importante, foi criada uma sessão músicas, onde será possível baixar algumas das minhas músicas favoritas. Em breve farei com os animes também.

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Últimamente tenho estado às voltas com o site da Fina Batucada. Ele não está 100% atualizado nem com a "carinha" que eu gosto, então tenho trabalhado nele nas minhas "folgas".

Ps¹.: As novidades ainda não estão no ar.
Ps².: Não comentem nada com o Riko. Tô fazendo sem pressa porque gosto, não quero que se torne uma "obrigação" ou um "compromisso".

sábado, 5 de novembro de 2005

Mochila Nas Costas, Pé Na Estrada

Vou pra Rio das Ostras com a Fina Batucada em poucas horas e ainda não consegui dormir...
Não sei porque, mas a noite passada tive o mesmo problema. Isso não é bom sinal...
Não estou preocupada com nada, minha vida vai bem, obrigada. Não tenho o hábito de dormir à tarde, não comi nada pesado antes de dormir (isso na noite passada, né, porque essa noite eu nem comi nada)...
Quando essas coisas acontecem já fico logo esperando as más notícias chegarem.

Mas enquanto elas não vem (espero que seja só paranóia minha), espero me divertir por lá. Deus queira que não chova e nem faça sol... huahauhaha
A gente vai tocar junto com uma espécie de trio elétrico na praça da Baleia (alguém conhece?), a chuva estragaria a festa, mas tocar com sol na cabeça também é punk.

No domingo tem a prova do Enade - eu já tinha esquecido que fui azarteada pra fazer essa prova. Pra quem não conhece a extenção da minha sorte eu vou dar uma noção rápida. As faculdades inscrevem todos os seus alunos matriculados e o MEC faz uma espécie de sorteio (que de sorte nada tem) para selecionar alguns destes alunos para fazerem a tal prova. Eu estudo na Estácio - sim, aquela que junto com o McDonald's e o Bradesco está por toda parte. Vocês têm noção de quantos alunos aquela budega de Universidade possui??? Porque logo eu??? Ainda pensei em não fazer, mas a coodenadora fica botando terror: "_ Quem não fizer a prova não vai poder colar grau, heim!"
Tá, eu vou. O tal exame verifica o que se aprende dentro de cada universidade selecionando alguns alunos no início, no meio e no final do curso e comparando seus desempenhos. Espero estar pagando a minha cota me desbancando até o Engenho Novo e não voltar a ser convocada no futuro. Pelo menos a prova tá marcada pro horário da tarde... menos mal.

Antes de terminar esse post de pura insônia e falta do que fazer, gostaría de deixar registrado os parabéns a uma amiga da família que conseguiu ser convocada pela Marinha para trabalhar na área dela (Fisioterapia) sem fazer concurso. Essa sim foi sorteada! Um grande beijo, Lú!

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Hoje é dia de Maria!!!

"Uma, duas, três Marias..."*

Dispensamos recentemente a empregada sob o pretexto de falta de grana, mas na verdade foi porque a gente já tava de saco cheio de falar e a casa continuar suja. A Simone era um amor. Todo mundo adorava ela. Mas como empregada era uma ótima cozinheira.

Passamos a última semana "nos preparando" para o dia de hoje...

Minha mãe acordou a gente relativamente cedo (feriado + finados + tempo ruim = preguiça!) dizendo a frase mais temida desde a despedida da Simone: "_ Hoje é dia de faxina! E ela é toda de vocês porque eu já tô lavando e passando roupas desde que a Simone foi embora!"

E foi. Ou melhor, fomos. As três Marias. Começamos "brincando" com água, sabão e esfregão. Ao todo foram dois banheiros, cozinha, área de serviço e varanda. Logo depois veio a fase seca (ps.: descobri nessa hora o quanto estou fora de forma. Já tava toda dolorida e ainda tinha a fase 2...): dois quartos, escritório e sala (tá, tem o corredor também, mas àquela altura do campeonato varrer e passa um paninho num corredor que nem grande é foi moleza!)

Quando finalmente conseguimos respirar, alguém teve a brilhante idéia de perguntar: "_ Quem é que vai fazer comida?" - e eu completei: "_ Pior, quem vai arrumar a cozinha depois?", e a carrasca se transforma em heroína: "_ Tudo bem, gente vai almoçar fora."
Àquela altura, 17:30hs, já tava todo mundo azul de fome, esperar a comida ficar pronta ia ser realmente uma tortura.

Às 18:00hs começamos a almoçar e a minha mãe solta outra bomba: "_ Depois a gente passa lá no Extra." O quêêêêê??? Mercado ainda hooojeee??? Mãããe..."
A terceira Maria pulou fora e foi ao cinema com o "quase" namorado. As compras foram curtas (graças a Deus) e, ao chegar em casa eu anuciei logo: "Já bati o ponto, agora é só calcular quanto vou receber pelas horas extras acrescidas em 50%, porque hoje é feriado!"

* Citação de uma música que eu cantava na minha época de coralista chamada "Canção de Muitas Marias" - José Vieira Brandão & Manuel Bandeira.

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

Inferno X Céu

Com tudo o ser humano se acostuma. Temos essa característica como "default" na aba "configurações".
É tão mais fácil sucumbir, fingir que não vê, banalizar.
Sei que já falei em algum post antigo sobre a banalização no ponto de vista político, mas assisti a um seriado "enlatado" norte americano e em uma das músicas da trilha tinha uma frase que não me lembro exatamente as palavras usadas, mas senti vontade de registrar a idéia aqui, mesmo sem tempo de falar muito sobre o assunto:

Estamos no inferno, mas não se preocupe. Vamos nos acostumar em breve porque o inferno nada mais é do que o contrário do céu.

sábado, 15 de outubro de 2005

Uma Nova Mulher

Essa foi uma daquelas semanas em que você vira a página e muda absolutamente tudo. Deixa pra trás tudo aquilo que julgava imprescindível, mas ao remexer a caixinha mental nota que era um monte de tranqueiras que estavam ali só ocupando espaço no seu desktop, provocando um caos e uma poluição visual a qual você apenas tinha se acostumado. Além do mais, quando a máquina fica mais leve e organizada tem um desenvolvimento até 3x melhor, então foi decretada semana de manutenção! Faxina geral!
Atualizados os anti-virus-firewall, desfragmentado o disco rígido...Enfim, emprego novo, visual novo, vida nova!
Será que vão me reconhecer se esbarrarem comigo na esquina?
Sinceramente eu creio que não, hahaha.
As mudanças externas são sempre melhor perceptíveis. Mas as internas vão continuar.

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Mudando um pouco de assunto, tô indo agora para o casamento de uma amiga querida que não vejo há muito tempo. Falei do Harte num dos posts recentes... Ela foi a pessoa que mais me apoiou quando comecei a cantar. Aprendi muito com ela. Apesar de estar distante (admito minha culpa) tenho um carinho enorme por ela e desejo de todo o coração que ela seja extremamente feliz.

Ps.: Estou maquiada, perfumada, dentro de um vestido lindo, com um salto um tanto incômodo pra quem não tem tanto hábito de usá-los e, pela primeira vez na vida, extremamente adiantada. Eu jurava que o horário de verão começava hoje, mas tá todo mundo dizendo que começa amanhã... Será que fiquei louca? Sonhei com isso? Eu hein, ninguém me merece...rs

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Será?

Em breve irei para uma "entrevista" de estágio.
Tô pensando em largar o trampo em prol de horas úteis no meu dia. Atualmente eu passo 9 horas (8 + 1 de almoço) presa num trabalho que me acrescenta pouco (praticamente nada, mas tudo é experiência, né?!), e que, como diz o Rafa, qualquer um pode fazer.
Se conseguir esse estágio vou trabalhar de 4 à 6 horas (meu colega da facul que me indicou trabalha 4, tô indo lá pra ver isso direito...), o que, na pior das hipóteses, me deixa tempo pra estudar de manhã ou na biblioteca antes do horário da faculdade. Fora que nessas 6 horas eu vou estar aprendendo horrores e realizando tarefas pertinentes à minha área (é Rafa, programar não é todo mundo que pode fazer...rs ;-)).
Eu só vejo um "ponto negativo" (assim mesmo, entre áspas, porque nem é tão negativo e já explico o porque) nessa troca:

salário X ajuda de custo


De tanto pensar a respeito cheguei às seguintes conclusões:

1- A primeira intenção ao decidir voltar a trabalhar era pagar a minha faculdade e ter uma grana de sobra pra juntar e investir numa certificação. Mas quem disse que meu trampo me permite isso. Se eu pagar a faculdade ainda vai ficar faltando!!! Logo, minha mãe continua pagando a facul pra mim.
2- A única "conta" que eu tenho a pagar é a do óculos que acabei de mandar fazer. Mas tenho ainda algum dinheiro e a tal ajuda de custo dá conta dessa parada.
3- Todo estágio é uma exploração porque você é sempre o que mais trabalha na empresa e o que tem o "salário" mais baixo, mas é uma forma de começar a trabalhar na minha área e galgar alguns cargos num futuro próximo.

Ai, cada linha que escrevi aqui me deixou com mais vontade de sair do meu emprego...rs

Então deixa eu ir logo, porque se eu me atrasar já era!

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Satisfação

Semana de provas...
Depois da bomba em Interfaces (não só a minha, mas da turma inteira), passei o final de semana todo estudando Java. Isso esplica meu desaparecimento da face terrestre. Mas já estou voltando, as provas terminam na terça-feira (05/10).

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Voragem

do Lat. voragine
s. f.,
aquilo que sorve ou devora;
sorvedouro;
redemoinho;
abismo;
fig.,
tudo o que consome ou subverte.


A história contida no livro de Junichiro Tanizaki faz jus ao nome da obra.
Envolvente e surpreendente, o livro narra uma tragédia romântica com todos os elementos que lhes são pertinentes: paixão, ciúmes, mentiras, intrigas, traição e morte, e a sensação é de que o leitor está realmente sendo devorado junto com os personagens pelo enredo muito bem conduzido pelo narrador-personagem.
Casada com Eijiro Kakiuchi, Sonoko deslumbra-se com a beleza de uma jovem estudante da mesma escola de arte que freqüenta, Mitsuko. Ao retratar em um de seus quadros a beleza que a fascinara, Sonoko acaba sendo alvo de fofocas e a história chega aos ouvidos de Mitsuko.
Extremamente envergonhada Sonoko passa a evita-la até mesmo ao transitar pelos corredores, mas, com um simples sorriso, Mitsuko quebra o gelo e permite a aproximação de Sonoko. A amizade tornou-se evidente logo na primeira conversa e ficou acordado entre elas que não apenas ignorassem, mas que também alimentassem essa rede de intrigas, pois Mitsuko era contra o casamento arranjado por seus pais e via nessa história uma boa forma de afugentar seu pretendente.
Tudo era muito divertido para as duas que passaram a se encontrar todos os dias, muitas vezes na casa da Sra. Kakiuchi, utilizando seu quarto íntimo como ateliê com a desculpa de estar pintando o tal quadro. Notando que o quadro nunca fica pronto o Sr. Kakiuchi começa a demonstrar seu incômodo com a intimidade que se formara entre as duas e passa a dificultar seus encontros.
Sonoko inconformada com as objeções de seu marido arranja situações propícias ao contato íntimo com a amiga e se descobre apaixonada por Mitsuko.
Mitsuko por sua vez apresenta atitudes cada vez mais suspeitas e acaba por revelar um amante chantagista que assume o papel de vilão, articulador, mas que na verdade é só mais um boneco nas mãos da bela manipuladora.
Consolidada como crueldade, a sedutora Mitsuko avança sobre o próprio Eijiro, aprisionando uma Sonoko cada vez mais apaixonada.
Com a ajuda do Sr. Kakiuchi, Mitsuko e Sonoko conseguem escapar das chantagens de Watanuki, o amante que utiliza-se das mais diversas artimanhas ao perceber que seria trocado, a princípio, por Sonoko.
Formando um triângulo bastante peculiar, Sonoko, Mitsuko e Eijiro corrompem e se deixam corromper. Obedientes à lógica da perversão mergulham num abismo onde o amor próprio é anulado e substituído pelo amor a Mitsuko que consome toda a vivacidade dos dois, até que só haja torpor.
Escravos do ciúme e da desconfiança, o Sr. e a Sra. Kakiuchi disputam cada segundo de atenção de Mitsuko e regalavam-se ao deixarem-se comsumir, a pesar de saberem que suas vidas foram reduzidas a venerá-la e que a morte está mais próxima a cada dia, pois seus corpos já encontram-se completamente debilitados por causa dos soníferos diários ingeridos por exigência de Mitsuko sob alegação de não poderem viver mais como um casal.
Com toda a história evidenciada nos jornais, segundo suspeitas por Watanuki, a única saída que os três encontraram foi a morte. Mas após tomarem as poções preparadas por Mitsuko, apenas Sonoko acordou, concretizando a tão temida traição e podendo então narrar toda história.

“Quando penso em Mitsuko, não é ódio ou ressentimento o que sinto, mas saudade, tanta, tanta...”.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Em débito com o Blerg!

Menina do CéuResolvi dar uma fugida aqui durante meu horário de trabalho pq o dia hoje está mais tranquilo.

Nos últimos dias tivemos boas novidades no reino da Dinamarca. As mais importantes foram o aniversário da minha mamãe ontem, com direito a café da manhã e torta à noite, e a formatura da Chris.
Senti tanto orgulho da minha irmã com aquela beca, fazendo a "Homenagem à Deus", no telão uma foto dela pequena parecendo um anjinho com lindos cachos dourados (qdo chegar em casa posto aqui)... não é a toa que ela vai ser sempre a nossa "Menina do Céu". Parabéns por mais essa conquista, viu?!
Já a minha mãe comemorando muitas, mas muitas conquistas. Encerrou seu oitavo ciclo (ps.: ela não está com oitenta anos, antes que alguém pergunte...rs)! Quero chegar até lá com tantas boas histórias quanto ela. Um enorme beijo "Drª Nini"!

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No espaço "Agenda Cultural" ao lado estou disponibilizando um link para a página do Harte Vocal. Admito que estou com muitas saudades do canto coral, mas não poderei retornar por enquanto. Nada me impede de fazer visitas aos ensaios e estar presente em algumas apresentações, não é verdade?! Então estão todos convidados porque vale à pena, o Harte é um dos melhores, se não o melhor, coral do Rio de Janeiro (e agora eu posso afirmar isso sem parecer que estou "puxando a sardinha pro meu lado").
Oops, hora de voltar a fingir que estou trabalhando e justificar o salário no fim do mês...

domingo, 11 de setembro de 2005

Câmara de Tortura

Resolvi me cuidar e comecei pela minha postura.
Ela estava péssima, eu era quase um ponto de interrogação.
Agora estou usando uma espécie de colete/cinta que aperta tanto que às vezes me falta o ar. Eu preciso usar uma camiseta por baixo porque o material em que ele é feito não absorve suor e porque, apesar de apertar ainda mais, machuca menos e evita pequenos ematômas provocados pelas costuras (que está por toda parte), e por conta disso o calor é insuportável (sutiã + camiseta + colete + camisa + verão chegando = Colucci bem passada).
Ainda tô me sentindo um Robocop porque hoje foi só o segundo dia de uso, mas a diferença é absurda. Agora incomoda tanto sentar com a postura ruim que prefiro ficar em pé ao sentar em cadeiras e bancos toscos. Fora que a barriga também sumiu, já que a tortura é completa e o tal colete vai até o quadril. E ainda tem mais, já me perguntaram se eu coloquei silicone nos seios (hahaha, senti vontade de dizer que "sim, foi a minha mãe que colocou" e ainda fazer uma propaganda básica do consultório da DrªNini...rs).
Tenho pensado seriamente em fazer fisioterapia (Pilates ou RPG, o que for mais indicado para o meu caso), mas acho que a grana não vai dar... Quem sabe no próximo mês?
A verdade é que eu nunca liguei muito para a minha aparência, mas ultimamente isso tem mudado.
Cuidado para não ficarem muito tempo sem me ver e depois não me reconhecerem, porque já estou planejando novas mudanças!

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Festa da Independência na Voluntários da Pátria!

Tenho escrito pouco aqui porque ando fazendo muita coisa, mas nada de interessante. Já pensei até em fazer crônicas irônicas sobre essa rotina entorpecente, mas até o final do mês estarei ocupando os meus "minutinhos livres" para estudar, afinal as provas estão chegando e se eu abri o caderno alguma vez esse semestre foi durante alguma aula para anotar algo que jamais voltei a ler.

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O motivo desse post, além de atualizar com alguma coisa só pra dizer que estou viva, é deixar registrado nos anais da internet a tão esperada Festa no Apê do Monteiro.
Ele finalmente percebeu que sofá é só um trambolho que fica no meio da sala ocupando espaço e, por isso, um artigo altamente inútil numa festa de inauguração! "Mas onde as pessoas vão sentar" - perguntava ele, "Ah Monteiro, tem chão pra caramba aqui. E ainda tem o conforto do tapete!"
Enfim, vamos comer pizzas, rir de tudo e nos divertir! Sentar é só um detalhe.

domingo, 28 de agosto de 2005

Novidades? Só no blog!

Hoje eu dei uma incrementada no Best Place.
Coisinhas bobas: a capa do livro que estou lendo (Voragem - Junichiro Tanizaki) na seção LIVROS RECENTES e um conversor de moedas no final da página (próximo ao contador de almas).
O livro parece muito bom, quando terminar faço meus comentários a respeito.
Quanto ao conversor, eu o descobri porque estou com muita vontade de viajar e tá surgindo uma oportunidade. É daquelas viagens que a gente programa a longo prazo, mas com curta duração.
O fato é que precisei fazer umas continhas básicas antes de começar a sonhar com isso, e foi aí que entrou o conversor.
O Rafa tem razão quando diz que a gente encontra tudo na internet, mas eu sou um pouco preguiçosa e tento deixar tudo o que eu preciso (ou já precisei, mas posso vir a querer num futuro próximo) à mão. Então aí está! Se vocês precisarem...

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Síndrome de Tostines

Se você não trabalhar, não terá grana nem pra ir na esquina;
Se trabalhar não terá tempo pra fazer coisa alguma, nem mesmo gastar a grana que recebeu.
Eu diria mais:
Se você não estudar nunca deixará de ter empregos toscos,
Se estudar (e trabalhar para arcar com os gastos que não são baixos) aí mesmo é que a sua vida vira uma monotonia eterna!

Não tem nada mais entorpecente do que esse ciclo vicioso: "casa-trabalho-faculdade-casa". Pelo menos tem os ensaios com o Rafa, Os Besouros e o meu Anjinho pra quebrar a monotonia.

sábado, 20 de agosto de 2005

Jingles

Quem nunca ficou com uma música insistente martelando na cabeça?
Existem pessoas que tem por missão colocá-las na nossa caixola e às vezes até saem coisas bem legais.
Numa conversa tipo "flash back" com o Alex no ônibus voltando da faculdade surgiram algumas pérolas como:

"Cabeça, tá na hora de lavar
Dum, dum, dum, dum
Fazer carinho na cabeça
Mexer no couro cabeludo (chega de lágrimas!)
Esfrega, esfrega, esfrega
Vai fazendo espuma
Esfrega, esfrega, esfrega
Vai fazendo massagem
Gostoso pra chuchu, chuá, chuá (uhuu)
Lavar a cabeleira com o Johnson's Baby Shampooooááá"

E a sua versão para os cachinhos...

"Eu nasci de cabelo enroladinho
Um monte de cachinho na caxola
Oi tóin, oi tóin, tóin, tóin
A água do chuveiro cai na cabeleira
Cachoeira, vem me molhar
Chuá, chuá
Gostoso pra chuchu, chuá, chuá (uhuu)
Banho de cabelo cacheado sempre tem um cafuné
Oi lá, lá, le, laiáááá"

* Que só puderam estar aqui no blog porque depois Anjinho escreveu a letra pra mim - eu só fiquei com o refrão grudado que nem chiclete no cortéx cerebral! Agora só vai sair mediante procedimentos cirúrgicos (obrigada!).

Mas não foi só a Johnson & Johnson que teve êxito usando os jingles. A Parmalat teve sua marca amplamente divulgada somando fatores como: crianças, animais (no caso criaças fantasiadas) e um jingle poderoso.
Quem não se lembra desse:

"Não se deite sem tomar seu leite
E ao se levantar aproveite pra tomar
O Parmalat faz crescer
Faz ficar mais forte
Olhe o meu bigode, me respeite eu tomo leite!
Sempre saboroso pronto pra tomar
Nada mais gostoso branco e puro do que o leite Parmalat
Parmalat, tsh, tsh, tsh, tsh
Parmalat
Leite... Parmalat"

Dos mamíferos (o 2º da Parmalat) eu vou ficar devendo porque não sei a letra toda, mas quem não se lembra da frase no final: "Tomô?"

Atualmente temos poucos jingles no ar. E eu particularmente não consegui me lembrar de nenhum (o que prova que eles não são bons, afinal o principal objetivo do jingle é manter a marca ou um produto específico na cabeça dos consumidores). Quem lembrar de mais algum escreve aê!

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Os Besouros

É mesmo incrível o poder que a música tem. Todos os que dão a ela um mínimo de tenção e credibilidade acabam falando mesma língua!
Digo isso porque acabei de sair de mais uma reunião com meu "chefe" e, como já está se tornando praxe, o assunto sempre acaba nela.
Depois de dar todas as orientações que deseja e de ouvir meu feedback ele começa (de forma natural, como se esse fosse o assunto tratado desde o início) a falar de Beatles. Acho que só consegui a vaga aqui na empresa por conta d'Os Besouros(rs)!
Por falar neles, a gravação continua. Esse domingo não vou poder conferir o andamento, mas acredito que a "cozinha" (baixo/bateria) deve gravar pelo menos mais duas músicas.
Outra dos "cariocas de Livepool" será o site. É possível (se der tempo) que no próximo mês nós já estejamos dando as caras aqui pela web. Aguardem notícias!

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Loucura, loucura, loucura...

Eu que já não sou um ser muito enrolado resolvi piorar a situação.
Estou com problema de grana. O que fazer? Arrumar um trampo! Foi o que eu fiz.
O único problema é que agora até a minha mãe que mora sob o mesmo teto que eu vai precisar marcar hora para falar comigo... e o pior, vai entrar numa fila de espera que a cada dia vai ficando mais longa!!!
Depois de levar um belo puxão de orelha do Rafa, bem merecido - apesar de não concordar em todos os tópicos do esporro -, eu combinei com ele um dia fixo para ensaios (e a promessa de não furar nesse dia) e deixamos em aberto outras possibilidades de acordo com as eventuais flexibilizações nos horários.
Os Besouros também têm seus ensaios e gravações em horários fixos.
Com relação à música o que me preocupa é o TEPEM, que não oferece muitas opções de horário, mas eu vou fazer o que for possível pra não precisar abandonar o curso (tô pensando seriamente em abandonar uma matéria da facul - sem muito peso, pra não me prender um período - pra consiliar, mas não sei se seria suficiente). Essa parte precisa ser estudada com um pouco mais de calma, ou seja, amanhã eu resolvo (rs).
A Fina Batucada é que vai pra segunda divisão (pq não dá pra tudo ser prioridade, né?!). Se o Riko cumprir a promessa de fazer os ensaios aos sábados, dá pra aparecer de vez enquando, se não, nada feito!

Resumindo (porque eu tenho que dormir se não amanhã não serei ninguém!), tô arrumando grana pra comprar alguns cm³ de oxigênio, mas não sei se terei tempo para consumí-los!

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Plantando Azeitonas

Finalmente agosto. Estava com saudades da faculdade.
Rir com o comédia do Alex, achar tudo extremamente simples (afinal é só o início do período, depois piora...rs), plantar azeitonas...
Não, eu não estudo agronomia ou coisa que o valha. Plantar azoitonas é pros intervalos. Pra distrair a mente. Coisa de gente louca que estuda informática!!!
NADA A VER??? Você é que pensa! Praticamente criei uma cooperativa de plantadores de azeitonas ontem...rs
Tá, eu explico (Monteiro).
Informática é um curso intelectualmente pesado. Não tem como não sair da sala no intervalo. Principalmente quando a primeira aula é de programação e em seguida matemática (3 tempos de cada... suicídio???). Saindo não tem como não comer alguma coisa. E já que o povo vai fumar (blargh!) que seja em lugar aberto, então vamos para a porta da faculdade!
Eu tinha falado em comida, né?! Mas o quê? Pipoca, balas... não. CACHORRO QUENTE!!! É isso!!! (Tô viciada em cachorro de van...hauhauhauha)
Come-se, bebe-se... sobram a lata e... o caroço da azeitona. O que raios eu vou fazer com isso? Lixeira? Não foi inventada. Jogar na rua? Nem pensar, acho isso o cúmulo!
A lata a gente empilha e deixa com o tio da van (segundo ele, passa um catador lá e leva). Quanto ao caroço... Será que nasce?rs
Ah, a gente planta ele num vaso que só tem terra na portaria do prédio e sobe correndo porque o Weber já está na sala!..
Só preciso lembrar de regar todos os dias.

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

O Crime da Mala

Aproveitando a deixa da Ana Carolina e do Tom Zé (que tocaram uma música péssima no Faustão, mas pelo menos começaram a falar no assunto e dar a cultura - mais uma vez - um de seus papéis importantes: cidadania e política sim!), vou postar um "e-mail" que recebi hoje. É o tipo da coisa que nos faz rir das desgraças...

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Use seu senso detetivesco e acompanhe com eles as investigações sobre


"O CRIME DA MALA"


Segundo Roberto Jefferson, o mensalão do PT era transportado em malas.

Primeira questão: você transportaria uma alta quantia de dinheiro em uma mala enorme, com todo o ar de coisa suspeita?

Numa discreta valise de executivo, talvez.

Uma destas valises mede 40cm de largura por 35cm de comprimento, tendo em torno de 5cm de fundura. Uma nota de 50 ou 100 reais tem 12cm X 6cm, logo uma valise comportaria com segurança quatorze maços de quinhentas notas o que equivale a sete mil notas.

Ainda, segundo Roberto Jefferson, o mensalão era de trinta mil reais, o que em notas de cem daria um paco de trezentas notas de cem.

Levando-se em conta que esse dinheiro não poderia ser depositado em conta corrente, o jeito era levar pra casa e ir gastando.

Você já tentou trocar uma nota de cem?

Bem, trocar trezentas notas de cem não deve ser fácil, mesmo para um deputado. Então vamos supor que o mensalão fosse pago em notas de cinqüenta.

Jefferson disse que a bancada do PP, que é composta de 53 deputados, e a do PL, com 55, recebiam o mensalão de 30 mil reais. O que dá um total de 108 mensalistas, recebendo a quantia de três milhões, duzentos e quarenta mil reais por mês, o que em notas de 50 equivale a 64.880 notas, que seriam então transportadas em nove malas, já que cada mala carrega sete mil notas. As malas iriam então com trezentos e cinqüenta mil reais, ou seja dez deputados e 1/6 de um. Como não existe alguém 1/6 corrupto, vamos assumir dez malas, para juntar numa mais vazia os pedaços de corruptos que sobram.

Ainda segundo Jefferson, o pagamento aos dirigentes de partidos era feito numa sala ao lado da sala do Chefe da Casa Civil, em pleno Palácio de Governo, por Delúbio Soares, que não ocupava cargo nenhum no mesmo Governo.

Delúbio levaria todo os meses dez malas para dentro do Palácio, para entregar a dirigentes de partidos. Tudo isso discretamente, sem chamar a atenção de ninguém.

Delúbio só tem duas mãos. Também não seria muito simples entrar no Palácio com alguns carregadores ou com um daqueles carrinhos de aeroporto, logo, ele poderia transportar - no máximo - duas malas, o que já seria muito suspeito.

Alguém anda por aí com uma mala de executivo em cada uma das mãos, sem que ninguém repare?

Delúbio teria de entrar então, discretamente. Com uma mala de cada vez. O que daria dez viagens num mesmo dia. Impossível passar despercebido.

Então, vamos imaginar que os deputados aceitassem receber em dias diferentes. Quão generoso deve ser o que ficou com a última remessa. Mas, vamos em frente.

Seriam dez visitas ao Palácio por mês, sempre se encontrando com os dirigentes do PL e do PP. Tudo isso, no maior sigilo.

A semana tem cinco dias úteis, o que obrigaria Delúbio a ir diariamente ao Planalto por duas semanas consecutivas, todos os meses do ano, sem levantar suspeitas. Mas, como se sabe que a semana de Brasília tem apenas três dias, isso se estenderia por mais uma semana.

Três semanas no mês, o tesoureiro do PT, que não tinha cargo no Governo, entrando com uma mala e encontrando-se com dirigentes de partidos da base aliada, que também deviam portar malas. Claro! Se o cara entra na sala delubiana sem mala e sai com uma, é um mico de proporções assustadoras. Além do que, esta operação implicaria na compra de dez malas iguais por mês, a um custo de aproximadamente mil reais cada uma. Um terço de mensalão, só em mala.

E de onde viria tanto dinheiro? Segundo Karina Sommagio das empresas de Marcos Valério, um corruptor tão ingênuo que deixa seu office-boy, que deve ganhar menos de quinhentas pratas ao mês, sacar em dinheiro das contas da empresa um milhão de reais e vir tranquilão, com três valises, ou uma grande mala pelas ruas de Belo Horizonte, uma cidade sem nenhuma violência e com os Office-boys mais honestos do mundo, pois, embora trabalhem para corruptores de deputados, jamais pensaram em sacanear seus patrões e fugir com a grana direto pro Aeroporto da Pampulha, morrendo de rir do babaca do patrão que não pode nem dar queixa à polícia.

Senhores, essa história tem mais furos do que queijo suíço e só há uma explicação para a imprensa não ter parado para fazer essa conta: jornalistas não sabem matemática. Por isso, prestaram vestibular para Comunicação Social.

domingo, 7 de agosto de 2005

Finalmente Atualização.

Eu demoro, mas volto...rs
Antes de mais nada, quero dizer que o site da Fina Batucada já está no ar! Ainda não tá completinho, mas é uma espécie de versão beta.rs
É a primeira vez que faço um site. Sugestões serão bem vindas!

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Tô gripada. Isso já não é novidade. Basta o tempo esquentar e... pronto! A garganta, como preve a boa e velha lei, é a primeira a ir pro espaço. Dessa vez foi a minha irmã que abriu a porta da nossa casa pro vírus entrar. Mas não há de ser nada, ele dificulta as coisas mas já estou munida de pastilhas e entorpecida com anti-térmicos e vitaminas. Até porque não quero perder a ressureição d'Os Besouros!

Desejando que o vírus da cultura também se espalhe, começando pelo pessoal daqui de casa!

domingo, 31 de julho de 2005

Em Brasília 19 horas...

Não vou falar de política! Principalmente com essa loucura toda que está acontecendo... Quando digo isso estou apenas afirmando que não vou defender fulano e atacar beltrano. Que o partido da estrela é a salvação ou completa ruína. Que o atual rei dessa sucata é o anti-cristo ou o filho de Deus.
Talvez seja inevitável falar de política com o seguir do post. Talvez seja inevitável levantar bandeiras no possíveis comentários, mas não foi esse o objetivo que me trouxe pro teclado.

Sou o tipo de pessoa que tem aqueles sonhos utópicos e acha que pode contribuir (e muito) pra melhora do mundo.
Amo meu país. De verdade. Não saíria daqui pra morar em nenhum outro lugar. Nem mesmo legalmente. Nem mesmo se não estivéssemos vivendo uma "era de terror".
O que tá difícil de entender são as pessoas. Antes fingiam não ver determinadas coisas por comodismo ou sei lá o que. Não estava afetando a elas, então pra que tomar alguma atitude? Uma vez por semana ao ir trabalhar passavam por alguém dormindo na sua porta e... nada. O máximo que era feito: chamar o porteiro para tirar o infeliz que está no meio do caminho.
Tudo isso gerou uma banalização tão grande dos direitos do outro, do que há de errado, que a acomodação foi tomando cada vez mais espaço.
Tudo está a cada dia mais às claras. Não sou ingênua a ponto de pensar que não existia violência ou corrupção antes. Mas agora o odor tá incomodando a todo mundo (pelo menos acho que devería incomodar). A imprensa livre (ao contrário da época da ditadura) joga pra dentro das casas todo o lixo que se fingia não ver. Mas parece que as pessoas estão acompanhando os fatos como acompanham a novela das oito. Estão tão entorpecidas que não se movem, não falam no assunto (a menos que seja para fazer piadas), não lutam por ideais (se é que ainda os têm).
Conversando com a minha mãe, ouvi a respeito do papel dos estudantes na época dela. Das manifestações. Da forma com que se expressavam. E me lembrei das manifestações que eu participei - movimentos estudantis, época do grêmio (é eu fui do grêmio no ensino médio, mas era uma das poucas que faziam alguma coisa além de jogar video game lá), participações da bateria feminina em passeatas na Rio Branco... Poucas pessoas participavam. A maioria dos alunos que se indignavam a ir tinham por objetivo fazer bagunça, matar aula tendo justificativas "plausíveis", tirar onda dizendo que estavam lá, qualquer coisa menos o propósito de tudo aquilo. Parecia um enorme circo e eu me sentia uma palhaça lá no meio. Deixei de ir.
Lendo o livro do Nelson Motta (que não tem cunho político, mas me fez lembrar das aulas de história e, mais ainda, das grandes conversas que eu tinha com o Biar - professor) percebi que não se tinha tanto espaço como se tem hoje. As pessoas são livres agora, mas parece que não se deram conta ainda.
Não tenho uma fórmula milagrosa para resolver as mazelas do nosso país. Não tenho muito orgulho disso, mas admito que faço parte da geração coca-cola. Não sei exatamente o que fazer para começar a tornar meus sonhos utópicos realidade (alguma sugestão?). Acredito que a música tenha mais poder do que as pessoas imaginam, mas ainda tenho muito chão pra percorrer e preciso comer muito feijão com arroz pra conseguir "usá-la" a meu favor. A nosso favor. A favor desses ideais de paz, de respeito a todos, de justiça (porque é uma das melhores formas de demonstrar esse respeito).
Quando comecei a digitar essas palavras não sabia exatamente o que queria dizer (e talvez ainda não saiba), mas precisava começar a falar. Parece que uma palavra vai puxando outra e eu começo a entender o que eu mesma estava pensando. Admito, estou perdida e não sei o que fazer ou por onde começar (aliás estou me sentindo assim em todos os "campos" da minha vida, mas isso é papo pra outro post), então resolvi colocar aqui uma cascata de dúvidas e pensamentos incompletos. Quem sabe não haja alguém com a outra metade deles?

sexta-feira, 29 de julho de 2005

Quem tem medo de Elis Regina?

Elis ReginaQuem nunca ouviu falar de Elis Regina? Só se for surdo, né?! Mesmo assim já leu algo a respeito...
Como a maioria dos seres humanos comuns eu também conhecia algumas músicas interpretadas por uma das melhores cantoras que já estiveram entre nós e ouvira alguns boatos, opiniões e especulações a respeito da sua personalidade.
Sempre concordei que se trata de uma cantora fenomenal. Isso é indiscutível. Mas estou cada dia mais apaixonada por essa baixinha de gênio forte. É normal me tornar fã primeiro da personalidade de determinados artistas pra depois dar ainda mais ouvidos às suas obras. Não me entendam mal, ouço de tudo e, por ser apaixonada por música, reconheço valor em obras antes desconhecidas por mim. E talves por isso não me "apego" aos artistas. São tantos... e tantas obras maravilhosas...
Mas há vezes em que acontece, tenho que admitir. Foi o mesmo com a Alanis Morissette, me apaixonei por uma entrevista que li e só depois conheci melhor seu trabalho (o que só me tornou ainda mais fã dela). Com Lenine foi por intermédio da Lorena Calábria e uma entrevista divertidíssima no Multishow (a partir de então ele passou a ser meu "Príncipe de Olhos Verdes" e seus rítmos e a percussão que faz no violão mereceram ainda mais a minha atenção).
Fechando o triângulo, que com a recente chegada de Elis está se transformando num quadrado, está Zélia Duncan. Essa não me conquistou em apenas uma entrevista como os outros. Veio aos poucos, ganhando espaço... Me dei conta do quanto era fã dela quando fiz todo o possível pra ir a um show dela no Canecão (e consegui), cantei todas as músicas (nem eu sabia que sabia todas) e estava extremamente feliz por estar lá (mais do que o normal). Esse show entrou pra minha história também por motivos pessoais, o que só aumentou meu carinho por ela.
Mas eu falava de Elis. Um dos personagens ilustres do livro que acabei de ler - "Noites Tropicais - Solos, Improvisos e Memórias Musicais" de Nelson Motta. Em todos os livros, filmes e até mesmo seriados e novelas, sempre tem um personagem com o qual nos identificamos mais. Seja por algo que temos em comum ou por admirar algo que não temos. E o meu favorito dessa vez foi Elis.
Nelson Motta fala desta pequena com muita admiração e, talves influenciada por isso não sei até que ponto, despertou minha atenção e minha curiosidade. Baixei todas as músicas que encontrei. Não consigo parar de ouví-la.

Foto extraída do livro 'Noites Tropicais'

"Com 19 anos, Elis, filha de uma lavadeira de Porto Alegre, e Simonal, 22, filho de uma lavadeira carioca, eram as melhores vozes e as maiores revelações da nova geração. A maior influência dos dois não tinha sido João Gilberto mas Lennie Dale, que introduziu no Beco das Garrafas o profissionalismo americano, os ensaios exastivos, um jeito de cantar que aproximava o samba mais da Broadway do que do jazz, com um fraseado exuberante, uma ênfase nos ritmos dançantes e uma atitude extrovertida - em tudo opostos ao intimismo minimalista da bossa nova.
(...)
Em São Paulo, 1964 foi um ano decisivo para Elis Regina. Com sua voz potente e seu temperamento explosivo, a baixinha foi o ponto mais alto do show (...) que Walter Silva produziu no imenso Teatro Paramout (...). Elis era gaúcha mas não tinha nenhum sotaque, nem paulista ou carioca, cantava numa perfeita dicção nacional, sua voz tinha a exuberância extrovertida dos grandes sambistas, o sentido harmônico dos grandes jazzistas, o volume e a potência das grandes vozes. (...) Só não saiu do palco carregada pelo público porque não quis.
(...)
Com "Arrastão", uma melodia bem construída e de forte apelo popular, e com a letra de Vinicius engendrando uma fantástica história em que Iemanjá em pessoa vem na rede dos pescadores, Elis passou como um trator sobre as finalistas do I Festival da Música Brasileira no palco da TV Excelsior, em Ipanema, ganhando também o prêmio de "melhor intérprete". (...) Elis explodia na entrada da massa de cordas e sopros, o aplauso era unânime e entusiástico. Na maneira que Elis cantou, na exuberância de seus gestos, na utilização que fez das mudanças de ritmo, em seu fraseado..."

... foi impossível não me apaixonar. Além dessa, há no livro também outras personagens maravilhosas.

Esse post já está maior do que eu tinha previsto. Me empolgo quando falo de algo (ou alguém, ou as duas coisas) que amo. Mas fica a recomendação do livro. É divertido, quase um "diário de bordo" da música brasileira. Mas, além disso, ouçam Elis. Melhor ainda, sintam Elis Regina. Sem medo.

segunda-feira, 25 de julho de 2005

I Like To Move It...

Estive ocupada essa semana e acho isso maravilhoso!
Fiquei completamente perdida entre aulas de fotografia, ensaios, produção de figurinos... Encerrando a semana com o show da Fina Batucada no Ribalta sábado e um rito perfeito no domingo. Balanço da semana: 3 noites mal dormidas seguidas (média de 3hs de sono), dedos doloridos, pequenos hematomas no joelho direito e canela esquerda, dores nas costas e um sorriso de orelha-a-orelha.
Apesar de todo o trabalho o show não ficou perfeito, mas acho que o grupo tá no caminho certo.
Outra boa noticía é que Os Besouros (cover dos Beatles) estão de volta! O que é ótimo porque eu já estava sentindo falta deles, mas vai me deixar ainda mais sem tempo. Os ensaios vão rolar aos domingos.
Sei que ainda é cedo (19:20hs), mas acabei de chegar de um outro ensaio (Voz e Violão), estou cansada e faminta.
Só consigo pensar em comida-banho-cama e amanhã o dia começa cedo.
Mais uma vez fico devendo um post decente porque meu cerebro não responde mais (rs).

segunda-feira, 18 de julho de 2005

Voltando...

Acabo de chegar mas nem vou escrever muito. Foi dada a largada e a correria recomeça!
Daqui a uma hora vai começar o ensaio da Fina Batucada - já perdi o de sábado, então nem dá pra não ir... - e ainda vou passar na Faculdade porque um amigo me ligou avisando que eu ainda posso conseguir a monitoria - já tinha me conformado em ficar pro próximo semestre, mas desistir jamais! - parece que a informação antiga que recebemos estava errada.
Se der posto as fotos no Flickr quando voltar!!!

sexta-feira, 15 de julho de 2005

Kit Sobrevivência

Mangás ............................ ok!
Livro ................................ ok!
Discman ........................... ok!
CD's .................................. ok!
Meia dúzia de roupas ..... ok!
Roupa de cama ............... ok!
Sapatos ............................ ok!
Guarda-chuva ................ ok!

É, já posso ir... até segunda!!!

Ihhh, peraê... tenho q pegar a escova de dentes que deixei na pia...

quinta-feira, 14 de julho de 2005

Humor Negro?

Minha mãe diz que os pacientes contumam ter melhoras consideráveis momentos antes de morrer.
Algumas empresas promovem seus funcionários os e demitem no mês seguinte.
Isso é uma piada de péssimo gosto, ou há algum sentido ou explicação plausível para tal?

terça-feira, 12 de julho de 2005

Bons Tempos

"Instituto fanal cuja história, tradições e lauréis vêm lembrar..."* a esta normalista alguns bons anos de sua vida.

Muitas lições me foram ensinadas ali. Não apenas conhecimento acadêmico, lá conheci (direta ou indiretamente) algumas das pessoas mais importantes na minha vida atualmente, descobri o canto como uma paixão que me acompanhará eternamente, superei uma das maiores dificuldades que tive - uma timidez absurda, intimidadora - pra muitos que me conheceram antes daqueles quatro anos eu era quase uma... autista (rs).

Ao passar em frente ao prédio iluminado tantas coisas voltaram a mente. Tantas pessoas que nem me dava conta da existência em minha memória... J. Terra, a única que realmente me via e não sentia medo de se aproximar - talves pelo fato dos outros sentirem mais medo dela do que de mim - logo depois a Glauce, as duas com as quais falei durante um ano inteiro.

Meus 15 anos... a festa... o "cerimonial" preparado pela minha irmã mais velha... o sentimento catalizador da mudança... a certeza de que eu não era quem gostaria, mas dependia apenas de mim conseguir ser... a frase maliciosa ao pé do ouvido que gerou uma certa raiva, despertou uma revolta que (como na maioria dos adolescentes) já existia e me tirou a noite de sono dando a certeza de que era a hora - "agora é a hora em que um ser humano normal choraria..."

Não era a hora de chorar, mas de romper a barreira de silêncio. E foi lá, no mágico prédio do Instituto, onde eu resolvi "me enfrentar". Quando se é adolescente tudo parece maior, mais difícil, mais injusto, mais assustador... Mas a música ajudou. Logo de cara entrei pro coral e o exercício de me fazer ouvir (afinal eu não cantava bem, mas pra aprender era necessário que me ouvissem e me indicassem o correto) e cantar em palcos para platéias algumas vezes grandes e atentas foi amadurecendo em mim a confiança em todas as outras situações.

Enfim normalista. Eu, uma das poucas alunas que ingressara no curso direto, sem precisar de concurso - ingresso por média -, não conhecia ninguém, mas melhor do que isso ninguém me conhecia. Pude "começar do zero", podería ser quem eu quisesse. Rompi o gelo, conheci todo mundo, mantive um certo mistério, mas dessa vez por gostar de provocar a imaginação alheia - há quem diga que continuei dispertando curiosidade e medo em algumas pessoas apenas por ser seletiva, não falava com qualquer pessoa. Fui representante de turma... Queria saber como era falar com toda a turma, defender o ponto de vista nos conselhos de classe, negociar junto a coordenação a vontade da maioria (sim, democracia sempre!).

Vieram outras pessoas que me marcaríam: Tiago "Melancia" - um dos raros meninos da turma que usava um perfume levemente doce e conquistava todas as "menininhas" do 1º ano -, Ana Paula - e seus treinos de "Tae Kown Do" era nossa guia pelas trilhas da Floresta da Tijuca -, Lucy - que considerei por muito tempo uma grande amiga, mas hoje me pergunto se era mesmo minha amiga como fui pra ela -, Tuca - que eu acredito nunca ter compreendido direito porque ela nunca deixou que ninguém o fizesse -, logo em seguida a Raquel (que encontrei recentemente num ponto de ônibus), a Paty, a Priscilla, todas as meninas do Orfeão, o Jorge, alguns professores maravilhosos, a Lê - que me apresentou a um Anjinho que eu quero muito que faça parte da minha vida até o finalzinho dela -, e Leela - que hoje é a mais importante de todas essas pessoas, minha irmã por escolha, mas que não estará lendo isso porque não gosta de blogs...rs

Bons tempos. Costumo dizer que o que somos hoje é consequência do que fomos um dia. Nossas experiências, nossas escolhas, a personalidade que construímos em meio a infinidade de coisas que já vivênciamos. Definitivamente uma grande parte de tudo isso aconteceu ali, ou naquela época e acabou se refletindo ali.

Mesmo em tempos de crise, onde a qualidade de ensino não é la essas coisas e alguns apelidos maldosos a cerca da instituição e suas alunas ecoam por aqueles corredores, quero acreditar que o Instituto de Educação continue "formando paladinos e conduzindo-os em Luz e labor"*!



* Trechos do Hino "Salve Instituto!" do Instituto de Educação do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 11 de julho de 2005

Pintinho Amarelinho

O dia começou bem... domingo, dia em que todos os seres humanos têm direito a um pouco mais de preguiça, por isso levantei depois do meio-dia.

Lembrei "Deus-sabe-por-que" que a re-matrícula da faculdade via internet começava hoje, então resolvi fazer logo - antes que sobrassem apenas horários toscos.

Uma vez na internet, sempre na internet. Você acaba fazendo coisas inúteis que naquele momento parecem indispensáveis. Visita todos os blogs - anotação mental: tenho que atualizar o meu - lê e-mails, joga conversa fora no Messenger, fica fuçando sites com informações irrelevantes, enfim qualquer coisa que te mantenha ocupada e, principalmente, conectada.

De repente ouço uma voz bastante familiar reclamando... minha mãe. "Eu só posso tá ficando velha mesmo... Comprei milhares de latas de leite condensado - nem gosto de doce - e agora eu preciso de creme de leite pra fazer comida e cadê?" Pode deixar que eu vou lá comprar, não tô fazendo nada importante mesmo (é, me dei conta da realidade)... o que mais você vai precisar?

Enrolei e prendi de qualquer jeito o cabelo e lá fui eu. Ao ouvir a porta de casa batendo atrás de mim olhei pra baixo e me dei conta: - você vai assim? Com a roupa que dormiu? Ah... quem quiser que se imcomode.

E muitas pessoas se incomodaram, afinal era a visão do primeiro estágio do inferno. Parecia um "pintinho amarelinho". Chinelo rosa florido, calça branca de moleton (onde caberia tranquilamente outra eu), casaco amarelo ovo também de moleton.
Não tinha quem não olhasse. E eu ria por dentro de mim mesma, mas não tava nem aí. Andava calmamente o percurso casa-mercado-casa.
Afinal, quem nunca teve seu momento "que se dane!", onde a tosqueira ocupa o lugar da vaidade e você se diverte com reação das pessoas?
Você nunca teve???
Não sabe o que tá perdendo...rs - Eu recomendo!!!

domingo, 10 de julho de 2005

E as boas notícias continuam...

A Normanda Asterixiana desembarcou no Rio e trouxe consigo uma pessoa igualmente sensacional. Admito que como guia não fui a melhor escolha delas (rs) mas o tio da rua papper é um anfitrião nato.
O final de semana foi muito divertido. O Rafa que vive dizendo que eu sou a diva (leia-se fresca) da música comemorou seu aniversário quase a semana inteira como um autêntico guitarrista excêntrico e encerrou o ciclo de comemorações (pelo menos eu acho) regado à muita pizza.
Ainda assim o ponto alto foi a parada no barzinho próximo a UERJ onde nos eram oferecidos petiscos inacreditáveis (como jiló à vinagrete) - comentário do Rafa: se aqui é o Planeta do Chopp eles devem estar esperando estraterrestres - e eu senti muito medo, na verdade "os sete tipos de medo" daquilo tudo (rs).
A conversa tava muito boa e parecia que já as conhecíamos há tempos, muito legal. A noite foi encerrada no sofá da minha sala e regada a bastante sorvete de morango.
Ficaram algumas promessas: um dia me ensinarão a beber (afinal o porre é uma experiência didática, né Normanda?!) e manteremos contato.
Espero que tenham gostado da curta estada. Voltem sempre que puderem!

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Passando a semana a limpo...

Eu sei que não atualizei, mas não abandonei o barco, viu?!
A semana foi um tanto movimentada, mas todo o tempo que tive pra atualizar esse pobre blog foi utilizado pelas minhas irmãs em longas conversas no Messenger, o que acabou com toda a paciência que eu tinha para tal.

Mas milagres acontecem e hoje ao chegar em casa pude sentar em frente ao Paulo Cézar e... (**branco*... gente o que era mesmo que eu tava querendo postar?*)
Foi a semana em que tive a prova de que pessoas-fortaleza não existem. Foi a semana em que percebi que falta de tempo não é desculpa para falta de apoio ou atenção. Foi quando fiz mais uma vez a magia das 28hs por dia, sem me acabar, sem estar esgotada e sem arrependimentos, muito pelo contrário.
Consegui dizer a todos que amo o quanto com meia dúzia de três ou quatro ações. Consegui dar abraços de consolo, de felicitações, de alegria e de conforto sem ter máscaras em meu rosto e sem me sentir pesada por levar comigo o peso alheio.
Só não consegui ir ao ensaio hoje (me desculpe 'Tio Riko', mas foi por motivo de força maior).
Não vou escrever um longo post contando os detalhes de tudo porque foram momentos especiais divididos com pessoas especiais e estes vão ficar na memória das partes envolvidas, mas deixo registrado no diário de bordo o encerramento de mais um ciclo - de amizades, de confiança e de conquistas pessoais - e o início de um novo ciclo com novas responsabilidades, alegrias e sem alguns fantasmas que me perseguiam ultimamente.

quinta-feira, 30 de junho de 2005

Psicografando

Em algumas noites já deitada praticamente ouço textos inteiros sussurados no meu ouvido. A cabeça não pára e o sono faz a chantagem: "só depois que você escrever".
A última vez foi na noite passada...


Adormeci... não sei precisar como nem quando
Como nessas noites em que o cansaço nos apaga como chama de uma vela exposta a brisa suave
Adormeci e sonhei
Um sonho envolto em sorrisos e sentir-se bem
Onde momentos felizes eram pequenos elos de uma corrente interminável
Acordei dentro de mim com o som insistente do despertador
Acordei dentro de mim porque fora nada havia além de silêncio e solidão
Desejei com todas as forças que o sonho fosse, ou ao menos se tornasse real
Noite após noite tentei repetí-lo em minha mente, lembrar dos detalhes, reviver sensações,
Mas apenas o esquecimento conseguiu algum efeito sobre ele
Até que em algum momento, que também não sei exatamente qual, acordei fora de mim
Percebi então que aquela vida empobrecida havia tomado conta de tudo e que aquele belo sonho encontrava-se inatingível
Guardado numa gaveta do criado-mudo do meu inconsciente.

Isabela Colucci

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Xadrez

Depois de declarado o fim da guerra por rendição desta que vos fala, minha mãe sentou pra conversar comigo com um tom de voz que nunca havia usado antes...
Nós sempre batemos de frente. Mesmo que na maior parte do tempo a guerra fosse fria. Sempre tivemos opniões opostas e isso acabou se transformando num abismo enorme entre nós. Admito que não ajudo muito. Na verdade não ajudo nada. Não tenho estômago pra longas discussões e nem paciência pra ouvir sermões e não poder falar nada, então simplesmente não toco em determinados assuntos pra não renderem maiores aborrecimentos.
Acabei de passar no blog da Normanda. Que se dane se acharem infantil a pobre recém adulta choramingado a respeito de probleminhas de convivência com a mamãe num blog.
Mas queria dexar registrado pra mim, pra que não esqueça, que ela deu mais passo. Que a minha rendição não foi em vão. E que o próximo movimento deve ser meu.

terça-feira, 28 de junho de 2005

Relembranças

Estava agora relembrando de coisas que construiram o que sou hoje. Não fui tomada por melancolias ou sentimentos de auto-piedade ou coisa que o valha, mas observei que só documentava maus momentos...
Decidi então não falar de mim e meus sentimentos neste blog, mas de mim e meus pensamentos, das coisas que gosto, leio ou faço.
Ontem foi o dia mais divertido do ano!
Estava em casa de preguiça e de repente recebo a proposta quase indecente: vamos na Parada?
Não resisti. Tomei o banho mais rápido e fui encontrar a Leela no metrô.
Conheci uma galera louca, ri horrores, dancei techno em plena luz do dia na praia de copacabana e bebi meia lata de cerveja e um gole de vinho (hahaha - ps.: eu não bebo! Tinha um monte de "mães" preocupadas... mas juro que não fiquei bebada com meia lata de cerveja, viu?!rs).
Encontrei uma amiga que fazia aniversário e o grupo triplicou seu tamanho (bj Li!!! Parabéns! E obrigada pelo presente, viu?!).
Tinha purpurina pra todo lado. Gente que foi pra curtir, pra assistir, pra lutar por seus direitos ou pra dizer que o mundo tá mesmo perdido (juro que teve gente que se indignou - aí fica a minha pergunta: o que foi fazer lá então?), mas o saldo ao meu ver foi positivo. Sei que a "tolerância" das pessoas só dura enquanto os holofotes estão focados nelas e que a maioria só diz respeitar diferenças porque é bonitinho dizer, mas vi famílias inteiras se divertindo, senhoras passeando com seus cães enfeitados, até um casal hetero onde a mulher se vestiu de homem e o homem de mulher. A maior festa!
Fica então o desejo pessoal de que essa semente se espalhe ao vento. Não vou dizer que o mundo é gay, mas se ele respeitar o gay, o idoso, o deficiente e todos os seres humanos e suas diferenças e complexidades vou acreditar ainda mais na evolução da espécie.

domingo, 26 de junho de 2005

Lugar ao Sol

Isabela Colucci & Rafael MonteiroNós estamos no caminho...
Vinte e poucos anos, época de escrever a própria história. É necessário tornar sonhos possíveis, abrir portas para que se possa realmente seguir em frente.
Esta é, na minha opinião, a fase mais gostosa é mais complicada da vida. Antes tínhamos uma infância onde bastava ameaçar chorar que os pais já olhavam só pra saber se estava acontecendo alguma coisa e corriam em socorro do "bebê indefeso". Experimentamos, corremos, brincamos, crescemos... amadurecemos.
Agora que já formamos opniões é hora das escolhas e da ralação. Algumas pessoas, mesmo nessa fase, continuam recebendo as coisas na mão, mais isso não acontece com a maioria - e não acontece comigo.
Depois de conhecer algumas coisas descobri que gosto de informática, comecei a faculdade, mas sei que o que mais amo fazer realmente é música. Claro que a faculdade continua porque gosto muito e estou empolgada com o curso, mas o investimento agora, não só em se tratando de grana mas principalmente de tempo, é em música.
Uma prova disso é a nossa demo! Finalmente está pronta! A quem interessar possa mail-me que eu mando MP3, ok?
Agora estamos entrado na fase: meter as caras. Vamos começar a "dar a cara pra bater". Buscar lugares para tocar e levantar uma graninha até pra investir ainda mais em música.
Por enquanto a gente tá fazendo o "crássico" Voz & Violão (na verdade guitarra jazz...rs), mas o objetivo é formar uma banda de MPB num futuro próximo (você é músico e quer se juntar a nós? Mail-me!!!)
Que os Devas da Música nos acompanhem na trajetória em busca de um lugar ao sol.

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Assim como o Ryu da Espada de Madeira*, estou vagando por aí com alguns amigos e com o sonho de encontrar meu "Best Place".
Acho que todos buscam algo, alguém ou algum lugar onde possam se sentir em casa...
"Minha casa não é minha e nem é meu este lugar"**, mas assim como Milton Nascimento eu vou seguir em frente, porque eu tenho muito o que viver! Abrindo marés, enfrentando tempestades e geadas...
Estou triste agora, mas a criação desse blog vai mostrar como as coisas passam rápido (esse é o meu maior desejo agora). Daqui há alguns meses eu estarei fuçando os "posts antigos que ninguém lê"*** - né Monteiro?! - e vou rir de novo de determinadas situações, vou ver como escrevo mal hoje (apesar de nesse momento ainda não saber disso), e vou continuar seguindo em frente.
Meus sonhos, planos, projetos estão nascendo ainda e espero que dêem bons frutos num futuro próximo. Minha faculdade de Informática acaba de vencer o primeiro de 8 períodos, o TEPEM também vence agora o primeiro obstáculo, vou finalmente dar a cara pra bater com relação à música (junto com o Monteiro resolvi começar a tocar nos bares da vida e receber críticas, elogios, aplausos ou tomates... venha o que vier), minha vida pessoal tá uma bagunça, mas estou tendo que apreder a lidar com determinadas situações o que, além de ser ótimo pro amadurecimento (não só meu como das outras pessoas envolvidas) é também bastante complicado e doloroso...
Enfim, acho que estou buscando alguém que possa, não ser cúmplice, mas testemunhar a minha trajetória. Um blog seria perfeito pra isso. Sejam todos bem vindos.



* Ryu da Espada de Madeira é um personagem de mangá que eu adoro. "Shaman King", de Hiroyuki Takei, me foi emprestado por um amigo muito especial - Rafael Monteiro - e é o meu mangá favorito.

** Trecho da música "Travessia" de Milton Nascimento e Fernando Brant que ilustra bem o que estou sentindo agora.

*** Citação do blog do Rafael Monteiro ao linkar posts antigos.