sexta-feira, 28 de abril de 2006

Última Chamada

Hoje é o último dia para entrega da declaração do imposto de renda.
Eu ainda fico na aba da mamãe, declarada como isenta, sem esquentar muito a cabeça com isso.
Cheguei da academia, tomei um banho quentinho e longo (afinal quando se acorda cedo o dia parece ter 30 horas, como o Unibanco), vi meus e-mails, assisti meus desenhos animados na TV enquanto tomava café da manhã, enrolei mais umas horinhas... Finalmente o dia chegou ao ponto em que começa normalmente. Me virei num almoço e vim calmamente para o estágio.

MAS O QUE TUDO ISSO TEM EM COMUM AO PRAZO DE ENTREGA DO IMPOSTO DE RENDA???

Nada se o meu telefone não tocasse insistentemente pouco mais de uma hora depois. Meu dia estava tranqüilo e, de repente, a Drª Nini me liga stressada com Paulo César* porque não consegue enviar o raio da declaração que, como todo bom brasileiro e autêntico carioca, ela deixou pra fazer na última hora.
Deu-se a desgraça. Eu me virando pra realizar as tarefas de estagiária com os olhos na homologação, os ouvidos no celular e o cérebro dividido entre duas coisas que nunca fiz na vida.
Joguei a toalha e baixei o raio do "programinha" da Receita Federal junto com a minha mãe para conseguir entender afinal que ícones são aqueles.
Não adiantou. Por mais que eu descrevesse os ícones ela sempre respondia que as tais "figurinhas" não estavam onde eu afirmava que estavam.
Não teve jeito. Catei diheiro de passagem e chave de casa e lá estava eu. Resolve-se o problema com dois cliques (de qualquer forma, se o suporte por telefone já gera custo, à domicílio o valor é dobrado...rs) e volta-se correndo pro estágio.
Era uma vez um dia calmo. Ficou tudo aqui esperando eu voltar. Eu tenho aula hoje e nem vou poder ficar até mais tarde. Que pena, agora só no mês que vem.


* Paulo César (PC) é meu micro querido que só leva esporro da avó.

Pedalando Na Água???

Sim! E não se trata de pedalinho na lagoa...
Eu estou com a síndrome do "tô obesa" e resolvi parar de reclamar e fazer alguma coisa.
Hoje fui experimentar a Hidro-Bike. Até pouco tempo atrás eu nem sabia que isso existia...rs
A aula é divertida, é uma forma gostosa de fazer exercício físico, blá, blá, blá... Mas depois que eu gostei veio a facada.
Fiquei com gostinho de quero mais e esse feriado vou passar um bom tempo pensando nos "prós" e "contras". Coisas como "você pode fazer outras atividades com menor  ou nenhum custo" já me passaram pela cabeça, mas sempre acabo esbarrando na falta de disciplina e no desânimo.
O fato é que não consigo fazer sozinha. Preciso de babá.
Pelo menos já valeu por hoje. Acordei as 5hs, às 6hs já estava na piscina, voltei pra casa caminhando e conversando com minha irmã (um dos prós, ela consegue me animar), tomei o café mais saudável dos últimos anos e estou me sentindo bem.
Bom, a próxima aula é na quarta-feira. Até lá já recebi meu salário e já pensei na melhor forma de gastá-lo...rs

quinta-feira, 27 de abril de 2006

A Arte do "Se Vira Aí!"

Quem nunca ouviu falar do jeitinho brasileiro de resolver as coisas?

Para muitos malandros cariocas isso já vem de berço, mas para nós, pobres mortais, é preciso ter um pouco de treino.

Há que confunda o habitual "se vira aí" com a enrolação de fazer alguma coisa de qualquer jeito, o que eu classifico como "embrulha e manda". Meu foco hoje é o que toda empresa de respeito faz com seus estagiários: Não te ensinei isso, mas como você é uma pessoa inteligente vai fazendo aí depois a gente vê como ficou. Acho que estou ficando expert nisso.

E não é só no estágio. Na faculdade a palavra de ordem é a lei do se vira. Professores que não explicam P.N. mas sabem cobrar em provas é o que mais se tem notícia na rádio-corredor do campus.

Mas tudo tem seu lado bom, mesmo que a gente não consiga ver. Acredita-se. Afinal outra das famas do brasileiro é sua fé. São poucos "São-Tomés" em terras tupiniquins. A maioria acredita no que nem sabe direito se existe. Por exemplo: político honesto. O povo tem fé que um dia consiga eleger, mas ninguém pode apontar qualquer um com conhecimento de causa. Não vimos uma vez se quer na história da república democrática (ou quase) brasileira.

Não vou levantar bandeiras políticas em épocas eleitoreiras. Pelo menos não hoje.
Hoje estou no estágio. Me virando pra fazer algo que nem sei direito pra que serve. E me graduando na cadeira Arte do Se Vira Aí da Universidade da Vida.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Tô Voltando

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu to voltando

Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu to voltando

Leva o chinelo pra sala de jantar...Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu to voltando

Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu to voltando

Pega uma praia, aproveita, ta calor, vai pegando uma cor
Que eu to voltando

Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar... pode se preparar porque eu to voltando

Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu to voltando

Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando

Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar...
Quero lá.. lá.. lá... ia..... porque eu to voltando!


Paulo César Pinheiro & Maurício Tapajós