quarta-feira, 24 de maio de 2006

Dizer Não...

... às vezes é difícil. Sempre tive esse defeito.
Ponderar... deixar a poeira baixar... deixar subentendido.
Aqui o subentender é esconder do outro aquilo que devería ser dito, mas pode trazer problemas maiores e até machucar alguém.
Vivo fazendo isso.
Deixando subentendido.
Mesmo assim sempre dou um jeitinho de magoar alguém. Não faço de propósito, mas...
Ouvir alguém dizer que ama você e não sentir o mesmo me faz agir assim.
Nunca sei o que fazer.
Ou o que dizer.
Na minha cabeça fica girando o mantran "ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus..."
Pela boca não sai uma única palavra por instantes. Quando finalmente sai... Mais uma tentativa frustrada de amenizar as coisas.
Sempre fui ruim nisso.
SEMPRE!
Pior ainda é quando eu sei o que tá rolando, mas a pessoa não fala.
E eu muito menos!
Deixa quieto!
Mas será que tô alimentando? Será que a pessoa vai se machucar ainda mais depois?
Mas que droga!
O que eu faço agora???
Finjo que "tá tudo bom e nada presta" (frase roubada do repertório da Drª Nini)? Dou uma de beto-sem-braço?
Falo logo: Nem adianta que não vai rolar??? (seria a escolhida por mim num momento de lucidez, mas esta me falta na hora que preciso).
Céus!!!
Vou andar com a listagem de todos os meus defeitos (se duvidar ainda invento alguns) pendurada na testa pra ver se evito esse tipo de saia justa...

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Sonho meu, sonho meu...

Seguindo os conselhos de um Anjinho que abandonou esse pobre blog na minha fase "não tenho nada pra escrever aqui", resolvi registrar algumas idéias para não perdê-las na confusão da vida cotidiana. Decidi descrever nesse post um sonho que eu tive quando estava a bordo do 249 indo pra casa, olhando a paisagem e viajando na maionese...
Pode ser que eu volte a esse mesmo post e acrescente ou retire algumas coisas, pois pretendo levar a idéia a sério e, quem sabe, concretizá-la um dia. Até porque o que tenho até agora é um esboço recheado de lacunas e dúvidas.


O ônibus tinha acabado de sair do ponto final, ao lado do Lgo. da Carioca, Centro do Rio de Janeiro, e vejo pela janela uma oficina de arte que já conhecia, mas nunca tinha me chamado a atenção.
Neurônios a mil... E se houvesse um espaço no Rio que apoiasse todas as formas de arte? E se os artistas talentosos que estão ainda galgando uma carreira e procurando divulgar sua arte tivessem apoio e espaço para fazê-lo sem que um empresário-comerciante-sanguessuga-vampirão quisesse apenas lucrar em cima dele?
Mas como seria esse espaço? Como conciliar música, literatura, artes cênicas, artes circenses, esculturas, pinturas... sem que virasse uma grande bagunça e sem que uma "coisa" tirasse a atenção da outra?
Que tipo de público frequentaria esse lugar?

Essas questões eu vou respondendo aos poucos, mas um dia terei um espaço assim.

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Unplugged

Alguém conecte a minha tomada, por favor!

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Dependência: Real ou Imaginária?

Hoje ouvi Evanescence a tarde inteira enquanto "realizava as tarefas do dia" (estagiário não trabalha, tem tarefas a cumprir. "A tarefa de hoje é..." - acho que é porque assim fica mais fácil entender que o seu "trabalho" de ontem pode não ter absolutamente nada em comum com o de hoje. Quem tem um cargo mantém uma certa constância, mas quem é estagiário vive como um mochileiro dentro da empresa, pulando de setor em setor).

Ao final do expediente... "acho que vou atualizar o blog..." - mas escrever o quê?

Em dez segundos de silêncio a voz da Amy Lee foi a única coisa que meus neurônios conseguiram assimilar. E a sensação de sofrimento, desespero por perder alguém.
Até que ponto realmente somos dependetes de outras pessoas? Até que ponto queremos ser?
Pra mim essa "necessidade" sempre foi uma incógnita. Quando paro para me analizar percebo na verdade uma guerra de interesses dentro de mim.

Uma parte minha prima pela independência. Não que as pessoas não sejam importantes, mas não estão num patamar alto o suficiente para me deixar sem chão.
Esta é superprática. Valoriza muito mais o fazer. Ama o belo do mundo, o que inclui também as pessoas, mas sem criar laços fortes com coisa alguma.

Mas que não se confunda essa praticidade com insensibilidade, pois a outra parte tudo sente, tudo sofre, tudo protege. Acredita na melhor essência de cada ser humano. Cria laços de carinho e carência ainda que não sinta vontade de passar a mão no telefone e afirmar isso todos os dias.

Nessa guerra eu, que não sei se sou mais sentimental ou prática, mas acho que ao absorver sou extremamente sentimental, mas ao devolver para o mundo ao final do processo faço aparecer toda a praticidade observada por terceiros, fico imaginando que a relação de dependência é real, mas com a certeza de que é controlada através do nosso mental, o que a resume em somatização da nossa própria imaginação.