quarta-feira, 3 de maio de 2006

Dependência: Real ou Imaginária?

Hoje ouvi Evanescence a tarde inteira enquanto "realizava as tarefas do dia" (estagiário não trabalha, tem tarefas a cumprir. "A tarefa de hoje é..." - acho que é porque assim fica mais fácil entender que o seu "trabalho" de ontem pode não ter absolutamente nada em comum com o de hoje. Quem tem um cargo mantém uma certa constância, mas quem é estagiário vive como um mochileiro dentro da empresa, pulando de setor em setor).

Ao final do expediente... "acho que vou atualizar o blog..." - mas escrever o quê?

Em dez segundos de silêncio a voz da Amy Lee foi a única coisa que meus neurônios conseguiram assimilar. E a sensação de sofrimento, desespero por perder alguém.
Até que ponto realmente somos dependetes de outras pessoas? Até que ponto queremos ser?
Pra mim essa "necessidade" sempre foi uma incógnita. Quando paro para me analizar percebo na verdade uma guerra de interesses dentro de mim.

Uma parte minha prima pela independência. Não que as pessoas não sejam importantes, mas não estão num patamar alto o suficiente para me deixar sem chão.
Esta é superprática. Valoriza muito mais o fazer. Ama o belo do mundo, o que inclui também as pessoas, mas sem criar laços fortes com coisa alguma.

Mas que não se confunda essa praticidade com insensibilidade, pois a outra parte tudo sente, tudo sofre, tudo protege. Acredita na melhor essência de cada ser humano. Cria laços de carinho e carência ainda que não sinta vontade de passar a mão no telefone e afirmar isso todos os dias.

Nessa guerra eu, que não sei se sou mais sentimental ou prática, mas acho que ao absorver sou extremamente sentimental, mas ao devolver para o mundo ao final do processo faço aparecer toda a praticidade observada por terceiros, fico imaginando que a relação de dependência é real, mas com a certeza de que é controlada através do nosso mental, o que a resume em somatização da nossa própria imaginação.

7 comentários:

Anônimo disse...

"Mó viage"...
comigo a coisa funciona assim:
Eu não tenho medo de me machucar, não esquento a cabeça; adotei a filosofia de que, se eu acompanhar a relação no mesmo rítmo, sem correr de mais ou andar atrasado, não tenho como me frustrar.
beijos, e obrigado pelo anexo no e-mail...

Isa Colucci disse...

É Thi... Sempre que paro pra pensar em mim o resultado são viagens que fazem todo o sentido na hora que estou escrevendo, mas será que farão amanhã?
Nem sei se isso é uma qualidade ("Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante"?!?) ou um defeito, coisa de quem nem consegue conhecer a si próprio.
Não sei se todo o ser pensante tem a mesma sensação que eu, mas com relação a quase todas as questões é assim que me sinto: EXISTEM DUAS PESSOAS MORANDO DENTRO DE MIM!

Anônimo disse...

Eu posso entender.digo mais: posso te dizer que muitos são assim. A questão é? Quem é que manda? Vai no par ou impar? Palitinhos? (Rs)
^_^ beijos....

Isa Colucci disse...

Isso também não é muito certo. Depende de alguns fatores que nem sempre sei quais são...rs
Talves a fase lunar? Sua inflência nas marés e por conseqüência no meu humor...rs
O fato é que não há alguém no comando. Há vezes que se entendem, noutras vence quem ficar de pé no ringue.

Samara L. disse...

Eu nem preciso me manifestar a respeito, né? Você me conhece bem o suficiente para saber quem ganha a parada. Sempre.
Beijos.

Anônimo disse...

"..duas pessoas morando dentro de mim".Pelo menos não é só comigo.Não sou só eu que sente ter duas partes, que na maioria das vezes se enfrentam com desejos tão contrários.E será que temos mesmo que escolher uma delas?Eu prefiro tentar "reconciliar" as brigonas.Tarefa difícil...

Amiga, vortei!hehe
Bjão!

Isa Colucci disse...

Seja muitíssimo benvinda, amiga.
Eu e o Blerg! estávamos com saudades...